A dengue é a mais importante arbovirose que afeta o homem em termos de morbidade e mortalidade, sendo responsável por mais de 100 milhões de casos anualmente em mais de 100 países. Os países tropicais são os mais atingidos em função de suas características ambientais, climáticas e sociais.
Esta doença infecciosa possui como agente etiológico vírus pertencentes à família Flaviviridae e gênero Flavivirus. O vírus possui quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4, sendo que no Brasil, atualmente, só ocorrem os três primeiros. Os vetores dos vírus são insetos pertencentes à família Culicidae e gênero Aedes. As principais espécies transmissoras da doença no mundo são Aedes aegypti Linnaeus (Diptera: Culicidae) e Aedes albopictus Skuse (Diptera: Culicidae), sendo no Brasil a primeira espécie a principal transmissora da doença.
A transmissão ao homem ocorre pela inoculação dos vírus através da picada do mosquito infectado. A infecção dos vetores ocorre pela ingestão de sangue infectado com o vírus, este vírus poderá ser transmitido por toda a vida do mosquito. Outra forma de transmissão, importante entre os vetores, é a chamada transmissão transovariana, onde o inseto passa o vírus para sua prole, dispensando o homem do ciclo mantenedor da doença, o que poderia garantir a população viral em estações secas e frias, quando a densidade vetorial é baixa e o número de reservatórios para o vetor é reduzido.
As manifestações clínicas observadas durante a infecção pelo vírus da dengue ocorrem após um período de incubação de dois a oito dias após a picada do vetor e são muito variáveis, incluindo desde quadros assintomáticos até quadros extremamente graves. No dengue clássico a grande maioria dos casos tem curso benigno, embora variando quanto ao tipo e intensidade de sintomas de acordo com o sorotipo viral e a população acometida. O diagnóstico laboratorial da doença pode ser feito por métodos virológicos, sorológicos e moleculares.
Os métodos de controle da doença baseiam-se principalmente no controle dos mosquitos vetores. Este controle é feito na maioria das vezes através de produtos químicos, outras alternativas como o controle biológico e mecânico estão disponíveis. Não existem tratamentos específicos disponíveis para os doentes e ainda não existem vacinas disponíveis contra a dengue, embora as pesquisas estejam em fase avançada.
Vale destacar ainda a importância da participação de toda comunidade para o controle do inseto e também da doença. Se cada um fizer sua parte, sem dúvida nenhuma os problemas relacionados à dengue serão cada vez menores. Leia, informe-se e mãos a obra...sua participação é fundamental!!!
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/16368/dengue-um-problema-de-todos-nos#ixzz2PPD7nmMv |